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DIVERSIDADE DE INCLUSÃO

Conheça seis startups que atacam problemas crônicos do país, como a fome, o racismo, a desigualdade social e de gênero

TEXTO DANIEL SALLES FOTOS CAROL QUINTANILHA E THAYNÁ BONIN

Nos últimos anos, os empreendedores sociais descobriram que é possível ampliar o alcance de suas soluções, aliando tecnologia e propósito. Conheça seis startups que atacam problemas crônicos do país, como a fome, o racismo, desigualdade social e de gênero

Existe uma nova geração de empreendedores de tecnologia que não têm como prioridade captar aportes ou exportar para outros mercados. Eles querem, sim, ganhar escala — mas para garantir que suas soluções cheguem ao maior número de pessoas possível. Com esse objetivo, fundam startups de impacto, que usam recursos tecnológicos para atacar algumas das questões sociais mais urgentes do país.

Na pandemia, essa tendência se consolidou, com o surgimento de dezenas de empresas digitais dedicadas a melhorar as condições de vida dos brasileiros. “Os empreendedores descobriram que a chave para causar mais impacto é usar as mesmas ferramentas adotadas por fintechs, edtechs, foodtechs… Isso faz com que tenham um alcance muito maior”, diz Guilherme Dominguez, diretor-executivo do BrazilLAB, hub de

inovação que conecta startups de impacto a gestores públicos. “Um negócio tradicional pode fazer a diferença? Claro que sim, mas dificilmente consegue impactar pessoas em larga escala ou atuar em mais de uma região do país.”

Costurar lucro e impacto social não é nada impossível. Do contrário, não haveria tanta gente interessada em investir em companhias comprometidas com o fim de disparidades crônicas. “Durante muito tempo, o propósito social foi visto pelos investidores como um mero diferencial. Hoje virou prioridade”, diz Maure Pessanha, diretora-executiva da Artemisia, que acelera negócios de impacto socioambiental no Brasil. Ela lembra que a pandemia colocou as empresas com causa sob os holofotes. “Além de dinheiro dos fundos de investimento, as startups de impacto estão atraindo grandes talentos da nova geração, que não querem mais trabalhar em companhias indiferentes às dores da sociedade”, afirma Maure. Esses jovens empreendedores também se encantam com as possibilidades da chamada “escala do bem”. “Nesse nicho, quanto mais o negócio fatura, mais consegue beneficiar a sociedade. É um ciclo virtuoso”, diz Dominguez, do BrazilLAB. Conheça a seguir seis startups que estão fazendo a diferença em 2021.

SUMÁRIO

pt-br

2021-06-04T07:00:00.0000000Z

2021-06-04T07:00:00.0000000Z

https://revistapegn.pressreader.com/article/281526523984431

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