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CARTA AO LEITOR

Empreender pode ser tão arriscado quanto praticar highline ou apostar em criptomoedas sem o mínimo de informação. E mais recompensador do que ser early stage investor das empresas de biotecnologia que desenvolvem vacina para Sars-CoV-2. Mas como descobrir os projetos mais promissores, o time mais talentoso, o próximo game changer de todo um segmento? São perguntas que valem a performance dos fundos de venture capital e fazem girar os programas de grandes corporações para startups.

O funil não é automatizado e não existem respostas prontas. Estamos na quarta edição do 100 Startups to Watch, refinando um modelo baseado em estatística e colaboração. Com metodologia desenhada e validada por consultores e empresas parceiras, o projeto é baseado em um longo trabalho de análise e consenso entre os representantes desse ecossistema. Entre eles, os que autorizam o PIX, os que contratam os serviços e os que conhecem os empreendedores desde o primeiro pitch, ainda daquela época em que qualquer happy hour tinha como real motivação o speed dating.

Não vou dizer que foi uma tarefa fácil, porque unimos 27 jurados para opinar e gastamos muitas horas de Zoom para acomodar todas as vozes e decisões que apontaram as 100 startups mais promissoras do país. A cada um, meus agradecimentos. Ao time, que toca um projeto de 365 dias. Aos jurados, que se dedicaram até mais do que o previsto para chegarmos ao resultado final e, claro, aos empreendedores, que reservaram tempo para se inscrever. Eu tenho particular respeito por todos vocês, estando ou não na lista deste ano, pois valorizo o seu tempo e disposição. Nós — jornalistas, investidores e executivos —, conhecemos melhor sobre vocês e seus produtos a partir de agora, e posso garantir que nunca é em vão. O que muda é o alcance da visibilidade.

Esse trabalho de cruzamento de dados também coloca holofotes sobre a evolução do mercado, captando insights sobre o primeiro ano da pandemia e seus efeitos no ecossistema de empreendedorismo digital brasileiro. Trago boas notícias em termos de faturamento, maturidade e investimentos, mostrando resiliência e motivos para comemorarmos um período de consolidação e de crescimento. Que o santo da validação, tração e escala seja generoso com 2021. A crise não assusta a todos, mas temos um longo caminho de evolução porque, depois de atender à pirâmide de Maslow das startups, é preciso buscar diversidade de uma maneira mais abrangente do que os dados mostram hoje. Em tempos de ESG, deixo uma dica para quem quer entrar na lista do ano que vem: esse tema será mais um dos pontos de validação do 100 Startups to Watch.

Por enquanto, só posso garantir uma inovação jornalística, já iniciada com nossa nova startup interna, Um Só Planeta — em que atuamos de forma estruturada com 19 marcas editoriais. A lista das 100 e os insights do projeto serão coordenadamente reverberados em outras plataformas do grupo. Além da parceria antiga com o Valor Econômico, a lista será publicada em O Globo, e também levaremos empreendedores para debates e entrevistas na rádio CBN. Começa aqui, nesta edição*, mas ganha escala nos demais veículos e ao longo do próximo ciclo. Nosso poder de rede a favor do ecossistema e do país. E se você tem alguma sugestão, conecte-se comigo e com nossa equipe pelas redes. É sempre um prazer trocar ideias e estarmos conectados com você, durante toda a jornada.

*A edição que você tem em mãos corresponde aos meses de junho e julho

SUMÁRIO

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2021-06-04T07:00:00.0000000Z

2021-06-04T07:00:00.0000000Z

https://revistapegn.pressreader.com/article/281560883722799

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