GELADO SUTENTÁVEL

Startup oferece sorvetes plant-based sem glúten, lactose ou gorduras saturadas

Em 2019, o contato com foodtechs durante uma viagem ao Vale do Silício fez com que Fabio Neto decidisse abrir um negócio do tipo no Brasil. Antes de empreender, pesquisou muito sobre o tema, entrando em contato com nutricionistas e técnicos de alimentos. Foi quando descobriu que o sorvete, um de seus doces preferidos, era um dos grandes vilões do meio ambiente. Decisão tomada, fundou a Yamo, que produz sorvetes plant-based, sem glúten, lactose ou gorduras saturadas. A startup começou a operar em dezembro de 2020, em Minas Gerais. Em 2021, o produto foi lançado em São Paulo. A expectativa é faturar R$ 2,5 milhões neste ano.

Para ajudá-lo na empreitada, Neto chamou o amigo Cairo Carvalho, que já trabalhava no setor de sorvetes. O investimento inicial foi de R$ 3 milhões, utilizado em pesquisa e compra de equipamentos e insumos. “Ficamos um ano desenvolvendo o produto. Jogamos muita coisa fora, testamos diferentes leites vegetais para ver quais seriam melhores. Mas nenhum chegava no resultado que queríamos”, diz Neto. Com a ajuda de um comitê de nutricionistas, finalmente chegaram na fórmula que desejavam. A base do produto é o inhame, do qual é extraído o leite vegetal. A gordura, que dá consistência ao sorvete, foi substituída por tahine; o açúcar das frutas é responsável por adoçar a iguaria.

A inauguração da fábrica em Uberlândia, Minas Gerais, em junho de 2020, foi acompanhada pela chegada de um novo sócio: Ricardo Rocha, CEO da Softbox, que também entrou como investidor. Na hora de expandir para São Paulo, optaram por uma dark kitchen que fosse capaz de atender à demanda na região, via aplicativos de delivery como iFood. Ainda em 2021, a empresa pretende chegar a outras capitais e dobrar o time, que atualmente conta com 20 pessoas. Mas o objetivo principal é consolidar a atuação da Yamo como uma foodtech. “Queremos ser uma plataforma de alimentação saudável completa, usando a inteligência artificial para desenvolver novos produtos”, diz Neto.