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UM BAR PARA O FEMINEJO

Com foco nas mulheres, casa reúne elementos do sertanejo, espaços e drinques instagramáveis e até serviço de maquiagem

TEXTO PAULO GRATÃO

Foi em uma conversa com a dupla sertaneja Maiara e Maraísa que Pedro Casarin, 36 anos, encontrou a ideia que o levaria de volta ao empreendedorismo, depois de duas falências. Em 2018, as cantoras se apresentaram na casa noturna que ele geria na época. Em um bate-papo com elas no camarim, surgiu a brincadeira sobre um local que se chamasse Bar das Patroas – em alusão a um projeto musical da dupla que estava sendo divulgado. Confiante no potencial da proposta, Casarin decidiu levar a ideia adiante. Em fevereiro de 2019, abriu um bar com esse nome em São Paulo (SP). Fazendo jus à referência, o estabelecimento tem como mote o feminejo, o sertanejo pela ótica feminina, que também reúne nomes como Simone e Simaria e Marília Mendonça, falecida no ano passado em um acidente aéreo. “A ideia era criar uma experiência em que as mulheres se sentissem valorizadas”, afirma.

Casarin já havia feito investidas como empresário, dentro e fora desse ramo. Depois de ir à falência com uma empresa de turismo, em 2011, ele se tornou promoter de uma casa noturna que frequentava. Aprendeu sobre o negócio durante cinco anos e, em 2017, juntou-se a dois sócios para gerenciar um bar. Mas a parceria só durou três meses, devido a discordâncias entre eles. Casarin continuou tocando a casa sozinho por mais seis meses, até que quebrou.

Mas ele já sabia o que fazer em seguida: tinha sido ali, naquele camarim, que surgira o insight do Bar das Patroas. Para abrir o novo espaço, o empreendedor pensou desde o início em elementos que atraíssem o público feminino. Apostou em pontos instagramáveis, como um trono e paredes com frases de empoderamento, serviços de maquiagem e outras experiências, como aulas de dança com passistas de escolas de samba. “Os drinques também são servidos em apresentações como um minitrono ou uma penteadeira de maquiagem”, conta.

Pouco mais de um ano depois da inauguração, o bar teve de passar seis meses fechado devido à pandemia. “Depois fomos voltando como era possível: com menos mesas, sem a balada. Até o funcionamento pleno de novo”, relembra. Além de conseguir manter todos os funcionários, ele diz que tirou aprendizados dessa fase. “Conseguimos rever alguns gastos que nem pensávamos em negociar antes da pandemia. Assim, trouxemos mais rentabilidade e lucratividade”, diz.

Hoje, o estabelecimento alterna o funcionamento entre bar e balada, a depender do horário. Segundo ele, cerca de 70% do público que frequenta o espaço é feminino. “Homens não são proibidos, mas tudo é pensado para elas.” Com o sócio, Kiko Félix, ele agora tem planos de levar o Bar das Patroas para a capital do sertanejo, Goiânia (GO). A inauguração está prevista ainda para o primeiro semestre, e outras cinco unidades devem ser abertas até 2024 – a princípio, todas próprias, com investidores e sócios locais.

SUMÁRIO

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2022-05-05T07:00:00.0000000Z

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https://revistapegn.pressreader.com/article/281612423981701

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