Priscila Gama
da Das Pretas
“HÁ UM GRANDE DESAFIO
PARA INCLUSÃO E SUSTENTABILIDADE, PORQUE A GENTE TEM QUE SAIR DO TRABALHO EMERGENCIAL”
Ao longo dos oito anos de existência, o laboratório de inovação e tecnologia social Das Pretas desenvolveu trabalhos em diversos países, como Angola, Estados Unidos, Holanda, México e Portugal. Ultrapassou as fronteiras do Espírito Santo, local de origem, para mais de uma dezena de estados. A CEO, Priscila Gama, 41 anos, no entanto, deixou de divulgar o número de pessoas impactadas em 2019, quando chegou a 200 mil: “Parei de atualizar porque as pessoas não estavam acreditando”.
No portfólio, além das ações desenvolvidas na comunidade, estão projetos para grandes empresas – Ambev, ArcelorMittal, EDP e Vale, entre outras –, que podem envolver até 50 pessoas cada um. Pelo terceiro ano, a Nivea, de beleza, renovou o contrato para promover diversidade e inclusão na companhia e na sociedade, tudo com métricas e resultados. “É um trabalho que tem que ser entendido como parte estratégica da empresa; não tem como jogar para o marketing e sair correndo.”
Nas redes sociais de Priscila, temas como ser uma CEO negra, fora do eixo Rio-São Paulo, num país em que o racismo é estrutural, e letramento sobre tecnologias são constantes. “Há um grande desafio para inclusão e sustentabilidade, porque a gente tem que sair do emergencial para que um currículo em inglês de uma mulher preta não seja uma coisa inexplicável, entende?”
DATA BASE • CONECTADAS COM O PROPÓSITO
pt-br
2023-03-06T08:00:00.0000000Z
2023-03-06T08:00:00.0000000Z
https://revistapegn.pressreader.com/article/282037626375148
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