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Valdenira da Costa França

“QUERO DIVIDIR O QUE APRENDI E MOSTRAR A OUTRAS MULHERES INDÍGENAS QUÃO LONGE EU CHEGUEI COM MEU TRABALHO — E QUE ELAS PODEM TAMBÉM”

da Val França Ecojoias da Amazônia

Foi uma depressão que levou em 2012 a então supervisora de vendas Valdenira da Costa França, 60 anos, até um curso de arranjo de flores. “O médico disse que eu tinha que encontrar algo que me desse prazer”, conta.

Resgatando saberes da comunidade Paraná do Urariá (AM), terra indígena dos Kokama, onde nasceu, fez canetas decoradas, que eram vendidas por R$ 5 por beneficiárias da ONG Amigas da Mama; os lucros eram divididos.

“Em três meses, foram 2,6 mil unidades, e percebi que poderia viver do artesanato.” Se formalizou, fez vários cursos no Sebrae até que, em 2018, foi convidada a integrar o projeto Manaus Feita à Mão.

Com apoio de uma designer, já está na terceira coleção. “Nas ecojoias, me inspiro no grafismo indígena e na fauna e flora da Amazônia”, diz. Com fios naturais e resíduos da floresta, ela produz em média 60 peças e fatura R$ 3,9 mil por mês.

Na pandemia, concluiu o ensino médio para ajudar na alfabetização do filho, que tem síndrome de Down. Faz faculdade de artes e iniciou um projeto de oficinas nas comunidades. “Quero dividir o que aprendi e mostrar a outras mulheres indígenas quão longe eu cheguei com meu trabalho – e que elas podem também.”

DATA BASE • CONECTADAS COM O PROPÓSITO

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2023-03-06T08:00:00.0000000Z

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https://revistapegn.pressreader.com/article/282071986113516

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