Revista Pequenas Empresas Grandes Negocios

UM MAPA DE APOIO PARA AS EMPREENDEDORAS

Conheça iniciativas em todas as regiões do Brasil que ajudam sua empresa a se tornar mais competitiva e lucrativa

TEXTO ANA GABRIELA OLIVEIRA LIMA

Conheça iniciativas em todas as regiões do Brasil que podem ajudar a sua empresa a se tornar mais competitiva e lucrativa

As mulheres são 46% dos empreendedores iniciais (com negócios de até 3,5 anos de idade) no Brasil, segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Apesar do número expressivo, elas ainda enfrentam mais desafios que os homens na hora de fazer o negócio prosperar. Um dos motivos é a jornada tripla. Mulheres trabalham 10,5 horas por semana a mais que os homens: às tarefas profissionais, somam-se os afazeres domésticos e os cuidados com os filhos ou com parentes idosos. Isso se reflete no tempo que têm disponível para dedicar a suas empresas: 17% a menos que os homens.

Quando o tema é rendimento médio mensal, não apenas o gênero, mas também a raça se faz presente nas estatísticas: mulheres negras ganham R$ 1.539, enquanto as brancas recebem R$ 2.305 ao mês. Já os homens negros ganham R$ 1.798, enquanto homens brancos recebem R$ 2.749, segundo o Sebrae.

Para lidar com esses desafios, é fundamental contar com grupos de apoio. Os hubs – ambientes físicos ou digitais que concentram soluções e serviços para a criação ou o desenvolvimento de negócios – são uma boa opção para mulheres que querem fortalecer suas empresas com o apoio ou a parceria de outras empreendedoras.

“Estar em rede ajuda a compreender que as principais questões que prejudicam as mulheres são estruturais e se relacionam com crenças limitantes, enraizadas em estereótipos de gênero”, afirma Renata Malheiros, coordenadora do Sebrae Delas, programa voltado a empreendedoras.

Segundo Malheiros, a melhor forma de aproveitar os espaços colaborativos é procurar por atividades que desenvolvam tanto competências técnicas quanto comportamentais. “É importante aprender a superar as barreiras culturais que tacham a mulher assertiva de arrogante, por exemplo. Nos hubs, há a possibilidade de mudar percepções, fazer conexões e fortalecer os negócios”, afirma.

“Conhecer bem as prioridades do negócio é fundamental para aproveitar o que os hubs podem oferecer de melhor”, diz Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora. “Do contrário, a pessoa participa de muitos grupos, mas não sabe como eles podem de fato ajudar”, afirma. Ela recomenda ainda que as mulheres avaliem quais contatos realmente fazem sentido, em vez de investir tempo e energia em conexões sem propósito. Fontes cita ainda a importância de adotar uma postura ativa. “É preciso programar uma participação regular e contribuir com o grupo. Lembre-se de que hubs são ambientes de troca. Por isso, pergunte-se o que você pode fazer pelas pessoas que estão ali.”

Para quem não sabe por onde começar, PEGN preparou uma relação de hubs voltados ao público feminino espalhados por todas as regiões do Brasil. Conecte-se, compartilhe, aprenda e veja seu negócio crescer.

SUMÁRIO

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2023-03-06T08:00:00.0000000Z

2023-03-06T08:00:00.0000000Z

https://revistapegn.pressreader.com/article/282084871015404

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