Revista Pequenas Empresas Grandes Negocios

Novos formatos de negócios

21. PHYGITAL

A união do ambiente físico com o digital é ao mesmo tempo uma realidade e uma fonte de dúvidas. As perguntas incluem a real necessidade de atuar nas duas frentes e o risco de perder clientes antigos com a mudança. A omnicalidade, conceito baseado na necessidade de estar presente em todos os canais, passa obrigatoriamente pelo phygital, contudo. “É preciso entender a complexidade da cadeia e o que significa pesquisar o produto em sites e redes sociais, comprá-lo num e-commerce e retirá-lo numa loja física”, afirma Paulo Renato Sousa, da Fundação Dom Cabral. “O varejista deve contar com a ajuda de parceiros.”

22. LOJAS AUTÔNOMAS

Imagine entrar numa loja e não ser recebido por um vendedor. Basta se dirigir às prateleiras, escolher o que deseja comprar, pagar pelo produto num dos sistemas automatizados disponibilizados e ir embora para casa com sua compra. Essa é a proposta das lojas autônomas, que não têm atendentes. Para o consumidor, a rapidez é um atrativo importante. Para o lojista, há uma significativa redução dos custos com mão de obra. “A loja pode ficar aberta 24 horas, e o empreendedor não ouvirá queixas de funcionários nem terá que lidar com faltas no trabalho”, diz Morgado, da FGV. “Há uma despesa inicial para a aquisição de equipamentos, mas essas tecnologias estão mais acessíveis e o espaço físico pode ser compacto.”

23. ATUAÇÃO EM NICHOS

O varejo é tradicionalmente um setor de nichos, com negócios especializados em áreas como alimentação, bebidas, roupas infantis e supermercados. Mas uma das tendências que vêm ganhando força é o afunilamento ainda maior, com foco em comunidades de pessoas com os mesmos interesses, como uma loja de revistas em quadrinhos especializadas em publicações para mulheres. Ou um comércio de produtos para aeromodelismo. Além de atuar em um segmento com menos concorrência, o empreendedor consegue tratar diretamente com o público interessado usando a linguagem específica daquela tribo e criando um relacionamento mais sólido com clientes.

24. RECOMMERCE

A venda de produtos de segunda mão, como brinquedos, roupas, acessórios e até celulares, está em plena sintonia com os princípios de ESG, especialmente para a geração Z e os millennials, que demonstram uma grande preocupação com a sustentabilidade. “O recommerce pode valer a pena se o lojista oferecer produtos com garantia e preço menor que os novos, pois o consumidor está com o bolso apertado”, afirma Kelly Carvalho, da FecomércioSP. “Mas é um modelo de negócio que costuma ter um crescimento limitado. As vendas podem alcançar um teto, especialmente quando a demanda desse público for atendida.”

25. POP-UP STORES

São lojas montadas em períodos específicos do ano, quando há procura maior por determinados produtos. Passada a data festiva, são desmontadas. É comum encontrar pop-up stores, por exemplo, em datas que antecedem o Natal, a Páscoa, o Carnaval e a Black Friday. Embora não seja uma novidade para o mercado, esse modelo de loja traz vantagens como ter um aumento programado de vendas e reforçar o caixa da empresa. As pop-up stores também podem servir para outros objetivos, como testar a popularidade da marca numa região e conhecer bem o público local antes de decidir investir numa loja permanente. “Elas ajudam ainda a alavancar as vendas online e a fidelizar clientes”, diz Nuno Fouto, da FEA-USP.

DATA BASE • VAREJO DO FUTURO

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2023-05-04T07:00:00.0000000Z

2023-05-04T07:00:00.0000000Z

https://revistapegn.pressreader.com/article/281913072440819

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