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DIVERSIFICAR PARA MULTIPLICAR

O designer de moda Lucas Fonseca da Silva, 34 anos, é um fã incondicional da moda streetwear. Suas camisetas e acessórios tratam de temas como política, música e esportes como surf e parkour. Ele começou em 2014, vendendo camisetas a amigos nas horas vagas, enquanto trabalhava na área de logística de uma empresa de Campinas (SP). Quatro anos depois, decidiu deixar o emprego e se dedicar integralmente à sua grife, a Respect. O movimento crescente de clientes fez com que Silva abrisse em 2018 sua primeira loja de rua, no bairro do Taquaral. Em seguida inaugurou a segunda, no Costa e Silva. A partir daí, tudo aconteceu muito rápido. “Alguns clientes passaram a perguntar como adquirir uma franquia da marca, e recebi uma proposta vantajosa do Shopping Bandeiras para levar minha grife para lá.” Silva aceitou, mas apostou no formato de franquias, que ele mesmo elaborou. Antes da pandemia eram seis lojas, duas próprias e quatro franqueadas. Havia ainda uma fila de três interessados em adquirir uma franquia.

A chegada da pandemia, em 2020, freou o ritmo de crescimento da Respect. Com as lojas físicas sem clientes, suspendeu o negócio de franquias e manteve somente a loja do shopping. Faturou R$ 120 mil naquele ano. Assim que o número de casos de covid-19 diminuiu, ele decidiu rever mais uma vez o modelo. Apostou no e-commerce, com a criação do site e de um aplicativo para celular, e no segmento B2B, vendendo para lojistas. A mudança de estratégia deu certo. Em 2021 o faturamento foi de R$ 350 mil, e no ano passado chegou a R$ 550 mil. A expectativa para 2023 é faturar R$ 600 mil.

O crescimento da Respect chamou a atenção de um empresário local, que comprou 30% da sociedade. Com mais dinheiro, Silva está retomando agora o modelo de franquias. A ideia é que a pessoa interessada não desembolse dinheiro antecipado para adquirir a loja, mas que consiga pagar os royalties com as vendas realizadas. “Esse modelo começará a funcionar em julho, quando vamos inaugurar uma unidade franqueada no Shopping Iguatemi de Campinas”, diz. “O pagamento será equivalente a 10% do faturamento da loja durante dois anos, até alcançar R$ 150 mil.” Atualmente, Silva conta com uma equipe de seis funcionários, o que o tem deixado livre para se dedicar àquilo que mais gosta: a criação de peças para as quatro coleções que lança todos os anos.

DATA BASE • VAREJO DO FUTURO

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2023-05-04T07:00:00.0000000Z

2023-05-04T07:00:00.0000000Z

https://revistapegn.pressreader.com/article/281930252310003

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