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FASTBUILT

Segundo a startup FastBuilt, as construtoras gastam o equivalente a 1,5% do valor geral de venda (VGV), em média, para corrigir problemas de empreendimentos que já foram entregues – por lei, elas são obrigadas a oferecer garantia por até cinco anos a partir do Habite-se (o documento que atesta a construção do imóvel de acordo com as regras da prefeitura local). No caso de um residencial com duas torres de 24 andares – e 192 apartamentos no total, cada um deles com 77 metros quadrados –, as despesas no pós-obra giram em torno de R$ 1 milhão.

A principal razão de ser da FastBuilt é ajudar as construtoras a diminuir esse tipo de gasto. Desde 2018, a proptech dispõe de uma plataforma que permite às construtoras gerenciar o canteiro de obras digitalmente e registrar cada etapa da obra. “Com isso, elas conseguem identificar facilmente o que motivou cada despesa extra no pós-obra e podem evitar que os mesmos erros sejam cometidos em construções futuras”, diz Adriana Bombassaro, COO da startup e uma das fundadoras. A empresa sustenta que sua solução diminui os gastos no pós-obra em cerca de 20%.

A plataforma também permite que os proprietários acompanhem o desenrolar das obras e consultem o manual dos apartamentos de maneira prática. Ainda facilita o registro das manutenções preventivas realizadas pelos condomínios, que, assim como as construtoras, podem virar clientes da FastBuilt – as assinaturas custam a partir de R$ 300. “O mercado da construção civil está em alta no Brasil, mas ainda sofre com a falta de eficiência”, afirma Bombassaro, nascida em Lages (SC) há 49 anos.

Formada em ciência da computação, ela fundou a proptech com o engenheiro civil Jean Ferrari, 45 anos. Catarinense de Blumenau, onde a empresa está sediada, ele exerce o cargo de CEO. “Queremos incentivar outras empresas do ramo a adotar mais tecnologia”, diz ele. Não à toa, a companhia promove todo ano, na mesma época da Oktoberfest local, o FastBuilt Experience. Trata-se de um simpósio para a troca de experiências e insights sobre o mercado de construção.

Mais de 400 empreendimentos – que totalizam 15 mil unidades residenciais – utilizam os serviços oferecidos pela proptech. Nela já foram injetados R$ 500 mil, que saíram do bolso dos fundadores e de investidores-anjo. Em busca de interessados para a rodada seed, a companhia não revela quanto fatura nem qual é o valuation atual.

DATA BASE • CONSTRUÇÃO CIVIL

pt-br

2023-05-04T07:00:00.0000000Z

2023-05-04T07:00:00.0000000Z

https://revistapegn.pressreader.com/article/282093461067251

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