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VIVERDE CASA

“Minha casa vai ficar com ‘cara de novela’?” Eis uma pergunta que a arquiteta Camila Viegas, 33 anos, volta e meia ouve dos clientes da Viverde Casa. Fundada por ela em 2019, a startup constrói e reforma residências com foco na classe C e diz não abrir mão de acabamentos de qualidade. “Toda construtora tem a obrigação de entregar imóveis que os donos considerem bonitos, pois ninguém quer ter uma casa apenas funcional”, diz Viegas, a CEO da empresa. “Por isso, nunca entregamos casas inacabadas ou utilizamos material de baixa qualidade. E fazemos questão de conforto termoacústico e de combater o desperdício nas obras, o que costuma diminuir os custos em 30%.”

O propósito número 1 da Viverde Casa, sediada em Recife (PE), onde nasceu e vive a fundadora, é ajudar a diminuir o déficit de moradias no Brasil. Para construir uma casa, a startup cobra a partir de R$ 100 mil, que podem ser pagos com cartão de crédito em até 12 vezes ou em 36 vezes no boleto – os interessados também podem recorrer a linhas de crédito fornecidas pelos programas de habitação social.

A construtech tem um segundo propósito, no entanto: capacitar pedreiros, azulejistas, eletricistas e demais profissionais envolvidos na construção de empreendimentos de até quatro andares. “A qualidade das casas espalhadas pelo país está diretamente ligada ao domínio técnico de quem as construiu”, argumenta a CEO. Os profissionais interessados em se capacitar por meio da Viverde Casa são direcionados às obras feitas pela startup – e, em seguida, são indicados para tocar os projetos que ela não dá conta de executar. A companhia já realizou mais de 150 construções e reformas e capacitou cerca de 300 pessoas.

Foram apenas R$ 200 de investimento inicial. Em 2019, quando vivia de seguro-desemprego, Viegas gastou esse dinheiro com a compra dos EPIs usados nos primeiros cursos de capacitação. Quanto a Viverde Casa faturou no primeiro ano? R$ 250 mil. Acelerada pela BlackRocks e pela Porto Digital, a construtech ainda não participou de nenhuma rodada de investimentos e não revela quanto embolsou de 2020 em diante. Mas não se nega a abrir a estimativa de faturamento para 2024: R$ 1,5 milhão.

DATA BASE • CONSTRUÇÃO CIVIL

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2023-05-04T07:00:00.0000000Z

2023-05-04T07:00:00.0000000Z

https://revistapegn.pressreader.com/article/282102051001843

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