Bom para cachorro

Quando Paçoca, uma buldogue francês, foi parar no veterinário por causa de uma intoxicação alimentar, João Sales, 27 anos, decidiu pôr em prática uma ideia que já havia identificado como oportunidade de negócio: empreender no mercado pet. Em 2021, ele formalizou a Petí Dog, empresa de petiscos 100% naturais para cachorros e gatos.

Os produtos mais vendidos da marca são o Steak de Angus, vendido a R$ 29,99, e o Petí.Stick, mordedor de madeira de café que sai por R$ 39,90. Os petiscos são feitos de proteína desidratada, sem transgênicos, corantes ou conservantes.

O stick reaproveita a madeira que seria queimada nos cafeeiros. “Como é fibrosa e não solta farpas, ela é boa para a saúde dos cachorros. Os pedaços que se soltam ajudam na limpeza dos dentes e na digestão, além de endurecer as fezes”, diz Renan Guazzi, 26, sócio da empresa.

A cada produto vendido, o equivalente a duas embalagens é recolhido do meio ambiente e reciclado. “É incoerente buscar qualidade de vida para os animais e prejudicar o meio ambiente. Evitamos o desperdício e tentamos ser o mais sustentável possível”, afirma Sales.

Investir nas redes sociais é uma estratégia central para a empresa. TikTok e Instagram são as mais importantes e têm, juntas, quase 20 milhões de visualizações. Nelas, o cliente acompanha dicas sobre o mundo pet e consegue contato direto com a marca, que recolhe depoimentos, tira dúvidas e pede feedback.

A empresa faturou R$ 200 mil em 2022. O tíquete médio dos lojistas, que compõem 70% das vendas, é R$ 500. Os clientes finais gastam em média R$ 110 em itens da marca. A Petí Dog tem 55 pontos de venda, a maioria deles em São Paulo. A meta é continuar a expansão no interior do estado.

Desde o início deste ano, a empresa participa do programa de aceleração da FGV Ventures. “Ajuda a expandir nossa rede com mentores mais experientes e a acompanhar nosso crescimento. Estudamos a possibilidade de fazer uma rodada de captação”, diz Sales.