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Pessoas

16. SAÚDE E BEM-ESTAR DA EQUIPE

As empresas ainda buscam entender como a insegurança e o isolamento, entre outros aspectos, afetaram os profissionais física e emocionalmente. “Cuidar da saúde e do bem-estar da equipe se tornou algo fundamental”, afirma Kelly Carvalho, da FecomércioSP. “É preciso investir em palestras de sensibilização e ter um time multidisciplinar formado por médicos, psicólogos e assistentes sociais para acompanhar funcionários.” Desafios como adaptação às novas tecnologias e sobrecarga de trabalho devido a equipes mais enxutas podem elevar ainda mais o nível de estresse das pessoas, com impactos negativos nos objetivos financeiros da organização.

17. FORMAÇÃO DE TALENTOS

A necessidade de ter profissionais capacitados se tornou ainda maior com a aceleração digital. A saída é contratar colaboradores que, embora não estejam prontos, demonstrem vontade para aprender, e então investir para formá-los. “Os empresários do varejo se queixam, mas quando vão contratar esquecem de fazer a sua parte. Até coisas básicas, como preparar um descritivo das atividades que a pessoa tem que desempenhar, deixam de ser feitas por muitos”, diz Edgard Neto, do Sebrae. “É preciso ter uma boa comunicação e dar feedbacks constantes, como apresentar uma análise da semana anterior de trabalho e informar o que é esperado para a próxima.”

18. VENDEDORES APAIXONADOS

Não há mais espaço no mercado para a tradicional figura do vendedor que conquistava o cliente apenas com uma boa conversa, sem se preocupar muito com as especificações do produto. O varejo do futuro necessita de pessoas que gostem de vender, que sejam capazes de encontrar soluções rapidamente, lidar com vários tipos de tarefas e ter uma comunicação clara e efetiva com os consumidores. “Ele precisa se interessar também por outras áreas, saber como funciona a gestão do estoque e se informar, por exemplo, sobre o motivo de um produto não ter chegado no prazo”, diz Wanessa Aguiar, sócia especialista em varejo da consultoria FESA Group.

19. RH MENOS ESTRATÉGICO E MAIS HUMANO

A pesquisa anual de clima organizacional do Great Place to Work comprova que o clima interno afeta diretamente o desempenho da equipe e o atingimento de metas. Com boa parte das equipes em home office, ficou mais complexo fazer com que todos vivenciem a cultura corporativa, troquem experiências e sintam que pertencem a um time com os mesmos objetivos. “Há poucos anos existia uma valorização do RH voltado mais para a estratégia do negócio, mas agora estamos retomando o RH focado em pessoas, no senso de pertencimento e na conexão de todos com a organização”, afirma Aguiar, da FESA Group.

20. LÍDERES COM SOFT SKILLS

Com as inúmeras mudanças do ambiente corporativo, a liderança passou a desempenhar vários papéis ao mesmo tempo. Além de fazer a gestão de seu time e cobrar resultados, as pessoas precisam compreender melhor a complexidade do ser humano. “Durante muito tempo vivemos a gestão baseada no comando e controle”, diz Aguiar. “É necessário ter um preparo maior para identificar e atuar na prevenção de problemas de saúde mental na equipe, saber lidar com quatro gerações de profissionais no mesmo time, desenvolver a inteligência emocional, saber comandar profissionais remotamente e ter autoconhecimento para extrair o melhor de cada profissional.”

DATA BASE • VAREJO DO FUTURO

pt-br

2023-05-04T07:00:00.0000000Z

2023-05-04T07:00:00.0000000Z

https://revistapegn.pressreader.com/article/282398403745267

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