Revista Pequenas Empresas Grandes Negocios

Finanças

26. MAIOR DIFICULDADE DE ACESSO AO CRÉDITO

A crise de grandes empresas do setor do varejo deixa o mercado em estado de alerta e faz com que as instituições financeiras sejam ainda mais rigorosas na concessão de crédito. “O varejo trabalha muito com a expectativa de mercado, e as notícias de que gigantes que são referência desse segmento não estão bem geram muita instabilidade”, afirma Nuno Fouto, da FEA/USP. Como os juros estão elevados, fazer um empréstimo é algo arriscado e pode levar o empreendedor a um cenário ainda mais grave de inadimplência. A regra básica para o futuro próximo é não fazer dívidas para não comprometer o caixa da empresa.

27. REDUÇÃO DE CUSTOS

Embora seja uma lição básica, reduzir custos em períodos de incertezas é vital. Mesmo com a pandemia perdendo força, o Brasil vive um cenário de inflação e juros altos. Essa combinação corrói o poder aquisitivo dos consumidores, que tendem a reduzir suas compras e priorizar os gastos básicos. “Especialmente para o pequeno e médio empreendedor, não é o momento de fazer apostas, mas de ter uma postura mais conservadora para evitar perdas”, afirma Fouto. “Tenha bem claro quais são os riscos do seu negócio e onde estão os ralos por onde escapa o dinheiro. Aja com firmeza para estancar as perdas.”

28. INVESTIMENTOS COM RETORNO RÁPIDO

Não estamos num bom momento para fazer grandes investimentos com retorno de longo prazo. Essa postura pode comprometer o caixa da empresa em um momento de instabilidade. Fouto recomenda que, antes de gastar, o empresário faça uma avaliação criteriosa do comportamento do mercado e da concorrência. Também vale investir na compra de novos recursos se o retorno for direto e imediato, contribuindo, por exemplo, para redução de custos, aumento do capital de giro ou redução do estoque médio. Mais importante do que pensar em investir é concentrar as energias para a formação de uma reserva financeira.

29. ESTOQUE ENXUTO E INTEGRADO

Estoque grande significa dinheiro parado e, consequentemente, falta de capital de giro e de recursos para emergências. Num cenário como o atual, esse erro pode comprometer as finanças da empresa. “Não rever o estoque, deixar de negociar com fornecedores preços e prazos de pagamento e não buscar melhores condições para entrega de mercadorias para os clientes representará um prejuízo certo”, diz Kelly Carvalho, economista da FecomércioSP. Por meio de um bom sistema de controle de estoque é possível consolidar informações estratégicas como controle de produtos, necessidade de reposição e identificação de peças paradas.

30. PLANEJAMENTO FISCAL RIGOROSO

Com a inflação em alta, os juros elevados e o nível de desemprego ainda preocupante, haverá menos dinheiro circulando no mercado. Como será mais difícil vender nesse cenário, a lógica manda gastar menos para preservar as finanças da empresa. Um bom planejamento fiscal permite reduzir as despesas com o pagamento de impostos, recuperar créditos fiscais e até obter uma sobra de recursos para serem investidos no pagamento de dívidas ou em tecnologias que possam ajudar a alavancar o negócio. Caso não saiba como fazer seu planejamento fiscal, fale com seu contador ou contrate um consultor para ajudá-lo nessa tarefa.

DATA BASE • VAREJO DO FUTURO

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2023-05-04T07:00:00.0000000Z

2023-05-04T07:00:00.0000000Z

https://revistapegn.pressreader.com/article/282402698712563

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